sexta-feira, maio 18, 2001

Óh luz que dissipa e apaga
Tira de minh'alma a pessoa amada
Foges na covardia de me ver sozinho
Ri de minha face de novo triste.

Óh luz que ilude o sonho ausente
Que faz todo sentimento já aqui presente
Esvaziar-se numa transfomação sombria
Verdadeiro ato de selvageria.

Oh luz que ontem mesmo me iluminava
preferia estar nas trevas onde ainda estava
antes de sentir tua cega lâmina entrar
em meu peito, que estava pronto pra te guardar.

Oh luz que espelhaste um sorriso meu
sorriso este que já morreu
Durou tão pouco, foi tão intenso
cheirava amor, cheirava incenso.

Oh luz por que tornaste negra e turva
Voltei ao breu não quero mais
tire-me de onde não sou capaz
de suportar uma dor que não se desfaz.

Se é de sonho que ainda vivo,
Que eu entre nele e não volte mais
Se é o amor que ainda respiro,
inspiro sonhos de amor voraz.


quinta-feira, maio 17, 2001

Onde mora o amor, que não aqui dentro?
Isso tudo que eu sinto não é ilusão
é o sentimento forte da pura paixão
um fogo invisível que não se apaga ao vento.

Se eu fosse, o ar, todos me consumiriam
Se eu fosse a terra, todos me pisoteariam
Se eu fosse a água, todos me beberiam
Se eu fosse o fogo, todos se queimariam
Escolhi então ser uma estrela
Onde todos me olhariam
Onde muitos comigo sonhariam
Mas nunca, nunca me alcançariam.

Dou a luz, o caminho, a esperança
Dou o tempo, a ilusão e a lembrança
Vivo na única exclusividade
como a dura penha, a realidade
de ter a luz que meu ser emana,
de entregar meu gélido calor de bondade.
infinita